O Clube Ciência Viva na Escola Artística de Soares dos Reis, tem por mote a ciência e a tecnologia na arte e pretende dotar os alunos de literacia científica, tecnológica e artística, promovendo a criação e partilha de conhecimentos transversais e multidisciplinares.

Pretende-se com este espaço que os alunos tenham a possibilidade de criar, partilhar e desenvolver projetos artísticos e diversas atividades de aprendizagem, tendo como ponto de partida preocupações ambientais e de sustentabilidade, entre outras de relevância atual.

A interdisciplinaridade é um dos fatores que permitirá adquirir e aplicar conteúdos de áreas tão distintas como a fotografia, a biologia, a física e química, a modelação 3D, a eletrónica e a programação.

Plano de intervenção até 2025

O objetivo do Clube Ciência Viva na Escola Artística de Soares dos Reis é criar um espaço aberto a todos os alunos, dos diversos cursos da escola e simultaneamente abrir a escola à comunidade em geral. Numa fase inicial, já temos acordada a articulação com o i2ADS – Instituto de Investigação em Artes, Design e Sociedade, da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, que participou e vai continuar a participar na implementação do projeto Bioimages.

Da mesma forma, está prevista a parceria com o Centro de Educação para a Sustentabilidade da Quinta do Covelo, designadamente na realização de ações de esclarecimento sobre a fauna e flora dos parques verdes da cidade do Porto.
Futuramente, serão contactadas escolas da cidade do Porto, no sentido de participarem no Concurso de Fotografia Interescolar sobre a fauna e a flora dos parques verdes da cidade.

Nos últimos dois anos, numa parceria entre o i2ADS – Instituto de Investigação em Artes, Design e Sociedade, da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e o Grupo da Sustentabilidade da Escola Artística Soares dos Reis, desenvolveu-se o projeto Bioimages – projeto pedagógico sustentável de produção de imagens.

Este projeto, uma iniciativa do i2ADS tem como objetivo a experimentação de diversas fórmulas de reveladores biodegradáveis, não poluentes, em alternativa aos disponíveis comercialmente. Estes reveladores são produzidos pelos alunos em contexto escolar, com recurso ao café e/ou plantas aromáticas.

Desta experimentação resultou uma maior interdisciplinaridade (Fotografia, Física e Química Aplicada e Design de Produto) e a aplicação prática destes reveladores alternativos em diferentes contextos: em sala de aula; na Formação em Contexto de Trabalho; em ações de formação para professores; na criação de uma Horta Fotográfica e na criação de um Clube de Fotografia.

O projeto Bioimages pode ser consultado na página:
https://bioimages.i2ads.up.pt/easr/

O projeto Bioimages vai de encontro à definição do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, na medida em que contribui para o conhecimento científico e tecnológico, através da experimentação e desenvolvimento de atividades de cariz colaborativo e interdisciplinar.

Neste projeto as questões de ordem ecológica e de sustentabilidade ambiental vinculam a arte e o fazer artístico a uma relação consonante com os grandes desafios ambientais e sociais.

O Clube Ciência Viva na Escola Artística de Soares dos Reis pretende: desenvolver e implementar a utilização de reveladores biodegradáveis, em contexto de sala de aula, das disciplinas de Projeto e Tecnologias-Fotografia dos 10 e 11º anos e no Clube de Fotografia; manter a Horta Fotográfica/Pomar, de forma a possibilitar o cultivo das ervas aromáticas necessárias à produção dos reveladores; desenvolver um Concurso de Fotografia Interescolar, sobre a fauna e/ou flora dos espaços verdes da cidade do Porto; desenvolver Programação Criativa – Criação de Arte Digital e organizar diversas palestras essenciais ao desenvolvimento das ações anteriormente referidas.

No âmbito definido na Componente C20 do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)1 – Investimento “TD-C20-i01: Transição digital na Educação”2, os Laboratórios de Educação Digital (LED) destinam-se a todos os alunos dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário”3.

A instalação de LED nos estabelecimentos de ensino com 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e/ou ensino secundário deverá contribuir para apoiar as escolas na integração das tecnologias digitais, no processo de ensino e de aprendizagem.
Pretende-se que os LED sejam espaços de suporte à aprendizagem, que proporcionem a professores e a alunos o contacto e a utilização de recursos e equipamentos tecnológicos, em estreita articulação com o desenvolvimento de atividades curriculares e/ou extracurriculares.

Com esses recursos e equipamentos, os alunos podem realizar atividades práticas, pesquisar e organizar informação, modelar, manipular variáveis, realizar experiências, analisar resultados, automatizar processos, criar artefactos e soluções, entre outros, potenciando a sua experiência de aprendizagem e o desenvolvimento das suas competências.

Para apoiar estas dinâmicas pedagógicas, são disponibilizados Cenários de Aprendizagem, entre outros materiais, aplicáveis a vários contextos disciplinares e interdisciplinares, que serão fornecidos às escolas para que os professores possam, a partir destes exemplos, criar/adaptar os seus próprios cenários e implementá-los com os seus alunos.

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