ÁLVARO SIZA VIEIRA

O primeiro arquiteto português
a ganhar um Pritzker

Conheça o arquiteto

Nascido em Matosinhos, uma localidade costeira no Norte de Portugal, junto à cidade do Porto, Álvaro Siza Vieira é filho de Júlio Siza Vieira e Cacilda Ermelinda Camacho Carneiro. Do seu casamento, teve dois filhos, dos quais um também é arquiteto: Álvaro Leite Siza Vieira.

Siza Vieira estudou, entre 1949 e 1955, na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, onde lecionou, de 1966 a 1969, voltando em 1976.

Fortemente marcado pelas obras dos arquitetos Adolf Loos, Frank Lloyd Wright e Alvar Alto, cedo ele conseguiu desenvolver a sua própria linguagem, embebida não só nas referências modernistas internacionais como também na forte tradição construtiva portuguesa, das quais resultaram obras de grande requinte e detalhe no modernismo português como, por exemplo, a Casa de Chá da Boa Nova em Leça da Palmeira.

PISCINA DAS MARÉS

Esta piscina de água salgada é uma das mais bonitas de Portugal e uma ode à arquitetura

Integrada harmoniosamente na paisagem, a Piscina das Marés surge de forma paralela à avenida e ao mar, sem obstruir a visão.

Para além de ser uma das mais piscinas mais bonitas de Portugal, esta obra é muito mais do que isso. Esta tornou-se numa das maiores atrações para os fãs de piscinas perto do Porto, mas também uma obra de arte dos tempos modernos.

A igreja mariana é considerada um exemplo notável de arquitetura religiosa do século XX

IGREJA DE MARCO DE CANAVESES

Orientado por princípios de pureza espacial e de abstração geométrica, o edifício foi inaugurado em 1996 e destaca-se pelas linhas sóbrias das suas paredes desprovidas de ornatos e por alguns elementos de natureza panorâmica, como a dupla porta de aço com dez metros de altura ou a janela baixa e comprida à direita da nave.

No interior, com uma aparência igualmente despojada e dominado pela pureza da cor branca, é digno de admiração o modo como foi aproveitada a luz natural, bem como o som da água que corre na pia batismal.

MUSEU PARA A FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO

“Um museu pode revelar uma cidade para o mundo”

A obra vai muito além dos seus limites. A preocupação com o fator ambiental foi um dos desafios que enfrentou Siza na elaboração do projeto.

Verticalizado sobre um terreno estreito, entre águas e pedras, o arquiteto soube aproveitar o espaço, preservando a natureza imediata, e adota sistemas estruturais inovadores para garantir a preservação do meio ambiente.


Siza Vieira criou verdadeiros marcos na história da arquitetura portuguesa e internacional, influenciando várias gerações de arquitetos. Vejam-se as Piscinas de Marés, a igreja de Marco de Canaveses, ou mais recentemente, o Museu para a Fundaçao Iberê Camargo, em Porto Alegre, no Brasil, onde Siza retorna a umas das suas mais fortes influências arquitetónicas, Le Corbusier.

E este será, o principal talento de Siza, conseguir reinterpretar ou mesmo se redesenhar, procurando uma linguagem que, até então, tinha vindo a mostrar em alguns apontamentos de obras recentes complexidade formal aliada a uma aparente simplicidade do desenho.

As suas obras encontram-se por todo o mundo, da América à Ásia, passando por países como Portugal, Espanha, Países Baixos, Bélgica, Brasil, Coreia do Sul, Estados Unidos, entre outros. Nos Países Baixos Siza Vieira dirigiu, de 1985 a 1989, o Plano de Recuperação da Zona 5 de Schilderswijk, em Haia; em 1995, concluiu o projeto para os blocos 6-7-8 de Ceramique Terrein, em Maastricht.

É autor do plano de reconstrução da zona do Chiado, em Lisboa. Elaborou, em Espanha, o projeto para o Centro Meteorológico da Villa Olimpica em Barcelona; o do Centro Galego de Arte Contemporánea, o da Faculdade de Ciências da Informação, em Santiago de Compostela, e também na Galiza o dum pavilhão polidesportivo na Ilha de Arousa e o do Café Moderno em Pontevedra; a reitoria da Universidade de Alicante; o Edifício Zaida, em Granada; e o Complexo Desportivo Ribero Serralo, em Cornellá de Llobregat.


O edifício da Fundação Nadir Afonso é uma síntese do trabalho arquitetónico de Álvaro Siza.

Um legado de prémios e reconhecimento