"Como é costume dizer-se, o ARQUITETO
tem que estar atento ao mundo."

Álvaro Siza Vieira

seta

Introdução

Contemporaniedade e inovação

Assiste-se hoje, em Portugal, a um fenómeno complementar e inovador no âmbito da arquitectura contemporânea portuguesa que contrapõe a conceitos velhos e conservadores de tradições e modos de operar.

Assiste-se a uma intenção afirmada, ainda com alguma timidez, de inovar o espaço e construí-lo com conceitos, materiais e técnicas que permitam viver em pleno a contemporaneidade.

A sociedade contemporânea ditou progressivamente, através da performance e voluntarismo mediático, uma corrente arquitectónica alimentada pelo modus vivendi, alterando a dimensão do habitar e ocupar a arquitectura.

Início

O arranque da corrente

O "Inquérito à Arquitectura Popular em Portugal" marcou a arquitectura contemporânea de 60.

Não existe data específica para o arranque da arquitectura contemporânea em Portugal.
Os registos dos primeiros sinais que a identificam, apontam para uma época ligeiramente anterior a 1950. No entanto é sempre referenciado o acontecimento político do 25 de Abril de 1974 como data “oficial” a partir da qual foi impulsionada a corrente.

jorge nuno tainha siza soutomoura carrilho

Jorge Chaves
(22/02/1920 - 22/08/1981)

Nuno Pereira
(30/01/1922 – 20/01/2016)

Manuel Tainha
(1922 — 18/06/2012)

Siza Vieira
(25/06/1933)

Eduardo Moura
(25/07/1952)

João Carrilho
(1952)

Jorge Chaves

Jorge Chaves
(22/02/1920 - 22/08/1981)

Nuno Pereira

Nuno Pereira
(30/01/1922 – 20/01/2016)

Manuel Tainha

Manuel Tainha
(1922 — 18/06/2012)

Siza Vieira

Siza Vieira
(25/06/1933)

Eduardo Moura

Eduardo Moura
(25/07/1952)

João Carrilho

João Carrilho
(1952)

Jorge Chaves

Jorge Chaves
(22/02/1920 - 22/08/1981)

Nuno Pereira

Nuno Pereira
(30/01/1922 – 20/01/2016)

Manuel Tainha

Manuel Tainha
(1922 — 18/06/2012)

Siza Vieira

Siza Vieira
(25/06/1933)

Eduardo Moura

Eduardo Moura
(25/07/1952)

João Carrilho

João Carrilho
(1952)

Categorias & Gerações

Outras categorias

Entre as grandes categorias do desconstrutivismo, do minimalismo ou da arquitectura magistral e única dos Mestres, cruzam-se, encontram-se fundem-se, obstruem-se,descobrem-se modos de afrontar a arquitectura contemporânea Portuguesa dificilmente integráveis nalguma categoria.

Mas o carácter e linguagem das obras características da corrente, mais do que evidenciar divisões geracionais, exprimem atitudes diversificadas em função das diferentes tendências que atravessam a cultura arquitectónica contemporânea portuguesa.

Gerações

A arquitectura contemporânea cruza várias gerações em simultâneo que marcaram e continuam a marcar e subdividir a corrente actual, desde meados do século XX até aos nossos dias.

Jorge Ferreira Chaves, Manuel Taínha, Fernando Távora, Vítor Figueiredo, Álvaro Siza, Gonçalo Byrne, Eduardo Souto Moura e Carrilho da Graça

caracterizaram-se pelo exercício da profissão desenvolvido em atelier próprio, atribuindo à arquitectura contemporânea o selo da individualidade, que abriu alas a uma maior interacção interdisciplinar.

premios

1981

1988

1992

1993

1996

1998

2000

2001

2002

2005

2008

2010

2012

Prémio da Associação Internacional dos Críticos de Arte/Secretaria de Estado da Cultura AICA/SEC - Arquitectura

Medalha de Ouro do Colégio de Arquitetos de Madrid

Prémio de Arquitetura Contemporânea Mies van der Rohe

Prémio Pritzker, da Fundação Hyatt, pelo projeto de renovação na zona do Chiado, em Lisboa

Prémio Nacional de Arquitetura

Prémio Secil

Medalha Alvar Aalto

Prémio Príncipe de Gales da Universidade Harvard

Prémio Secil

Prémio Wolf de Artes

Golden Lion for the Best Project Bienal de Arquitetura de Veneza

Urbanism Special Grand Prize of France; 2006 - Prémio Secil

Royal Gold Medal for Architecture, do Instituto Real de Arquitetos Britânicos; 2009 - Medalha de Ouro 2009, do Royal Institute of British Architects

Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura

Golden Lion for lifetime achievement, Bienal de Arquitetura de Veneza

Arquitetos

António Siza Vieira

"Quem faz coisas pequeninas tem tendência a ser pequenino, quem faz coisas grandes tem tendência a ser pouco sensível ao detalhe. Para atingir um equilíbrio na profissão é necessário ter a experiência das várias escalas e dimensões."

siza

Biografia

Nascido em Matosinhos, uma localidade costeira no Norte de Portugal, junto à cidade do Porto, Álvaro Siza Vieira é filho de Júlio Siza Vieira e Cacilda Ermelinda Camacho Carneiro.

Do seu casamento, ele teve dois filhos, dos quais um também é arquiteto: Álvaro Leite Siza Vieira.

Fortemente marcado pelas obras dos arquitetos Adolf Loos, Frank Lloyd Wright e Alvar Aalto, cedo ele conseguiu desenvolver a sua própria linguagem, embebida não só nas referências modernistas internacionais como também na forte tradição construtiva portuguesa, dos quais resultaram obras de grande requinte e detalhe no modernismo português, dos quais se destaca a Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira.

A isto, não é alheio, o relacionamento muito próximo com o arquiteto Fernando Távora, seu professor, e uma das principais referências da Escola do Porto, com quem colaborou de 1955 a 1958, desenvolvendo posteriormente forte amizade e cumplicidade criativa.

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siza

Obra

Siza criou verdadeiros marcos na história da arquitetura portuguesa e internacional, influenciando várias gerações de arquitetos. Vejam-se as Piscinas de Marés, o Museu de Serralves, a igreja de Marco de Canaveses, ou o museu para a Fundação Iberê Camargo , em Porto Alegre, no Brasil, onde Álvaro Siza retorna a umas das suas mais fortes influências de linguagem arquitetónica, Le Corbusier.

E este será, o principal talento de Siza, conseguir reinterpretar ou mesmo se redesenhar, procurando uma linguagem que, até então, tinha vindo a mostrar em alguns apontamentos de obras recentes complexidade formal aliada a uma aparente simplicidade do desenho.

As suas obras encontram-se por todo o mundo, da América à Ásia, passando por países como Portugal, Espanha, Países Baixos, Bélgica, Brasil, Coreia do Sul, Estados Unidos, entre outros. Nos Países Baixos, Siza Vieira dirigiu, de 1985 a 1989, o Plano de Recuperação da Zona 5 de Schilderswijk, em Haia; em 1995, concluiu o projeto para os blocos 6-7-8 de Ceramique Terrein, em Maastricht.

É autor do plano de reconstrução da zona do Chiado, em Lisboa, destruído por um incêndio em 1988. Elaborou, em Espanha, o projeto para o Centro Meteorológico da Villa Olimpica em Barcelona; o do Centro Galego de Arte Contemporánea, o da Faculdade de Ciências da Informação, em Santiago de Compostela.

Também elaborou, na Galiza, o dum pavilhão polidesportivo na Ilha de Arousa e o do Café Moderno em Pontevedra; a reitoria da Universidade de Alicante; o Edifício Zaida, em Granada; e o Complexo Desportivo Ribero Serralo, em Cornellá de Llobregat. Igreja de Marco de Canaveses, de Álvaro Siza Vieira.

Igreja de Marco de Canaveses, de Álvaro Siza Vieira.Siza foi ainda professor visitante na Escola Politécnica Federal de Lausana, na Universidade de Pensilvânia, na Universidade de Los Andes em Bogotá e na Universidade de Harvard.

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Prémios

1981 Prémio da Associação Internacional dos Críticos de Arte/Secretaria de Estado da Cultura AICA/SEC - Arquitectura
1988 Medalha de Ouro do Colégio de Arquitetos de Madrid
1988 Prémio de Arquitetura Contemporânea Mies van der Rohe;4 1992 - Prémio Pritzker, da Fundação Hyatt, pelo projeto de renovação na zona do Chiado, em Lisboa
1993 Prémio Nacional de Arquitetura
1996 Prémio Secil5
1998 Medalha Alvar Aalto
1998 Prémio Príncipe de Gales da Universidade Harvard;
2000 Prémio Secil
2001 Prémio Wolf de Artes
2002 Golden Lion for the Best Project Bienal de Arquitetura de Veneza
2005 Urbanism Special Grand Prize of France
2006 Prémio Secil
2008 Royal Gold Medal for Architecture, do Instituto Real de Arquitetos Britânicos
2009 Medalha de Ouro 2009, do Royal Institute of British Architects
2010 Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura
2012 Golden Lion for lifetime achievement, Bienal de Arquitetura de Veneza

DIMENSÕES

Edifício: 12.669,80 m2

Salas de exposição: 4.484,9 m2

Auditório: 600 m2

Biblioteca: 352,80 m2

Espaço público: 564,80 m2

Loja do Museu: 146,9 m2

Restaurante: 222,90 m2

Sala Multiusos: 103,20 m2

Sala dos Programas Educativos: 233,60 m2

Escritórios: 537,40 m2

Área de serviços: 770,50 m2

Parque de estacionamento: 3.309 m2

Obras

Museu de Serralves

Situado no Parque de Serralves, o Museu de Arte Contemporânea de Serralves estabelece um diálogo direto com a Casa de Serralves e os jardins envolventes.

Enquadramento

História

Espaço

Construção

Salas

Disposição

Materiais

O enquadramento do Museu de Arte Contemporânea foi definido pela criação da Fundação de Serralves em 1989. Em 1991, o premiado arquiteto Álvaro Siza Vieira foi convidado a projetar o novo museu nos espaços da Quinta de Serralves.

Em 1996, tiveram início a construção do edifício e a elaboração do programa museológico, tendo nesse ano o Conselho de Administração da Fundação nomeado Vicente Todolí para primeiro Diretor Artístico do Museu e João Fernandes, seu Diretor Adjunto.

O Museu foi inaugurado a 6 de Junho de 1999 com a exposição "Circa 1968”.

Passando em revista uma década de radical criação artística coincidente com um período de assinalável transformação social e política em Portugal e no mundo, esta mostra inovadora constituiu um verdadeiro manifesto sobre as ambições internacionais do Museu e a baliza cronológica da sua futura coleção e do seu programa artístico.

Em 2003 João Fernandes foi nomeado Diretor do Museu e Ulrich Loock, Diretor Adjunto.

Em Janeiro de 2013, Suzanne Cotter assumiu as funções de Diretora.

Situado no Parque de Serralves, o Museu estabelece um diálogo direto com a Casa de Serralves e os jardins envolventes.

Em lugar de uma fachada monumental, o Museu define-se por uma articulação harmoniosa entre diferentes elementos arquitetónicos e o ligeiro declive do terreno onde o edifício está implantado

Construído de forma longitudinal de Norte para Sul, o edifício apresenta um corpo central que se divide em duas alas, separadas por um pátio, dando origem a uma estrutura em U e a uma construção em forma de L, entre esta e o edifício principal formando-se um segundo pátio que serve de acesso principal ao Museu e que se encontra ligado ao parque de estacionamento subterrâneo e ao jardim.

O Museu dispõe de 14 salas de exposições distribuídas por três pisos, sendo que no piso superior se encontram o restaurante, a Sala do Serviço Educativo e a Sala Multiusos.

Da esplanada que se estende a partir do restaurante o visitante tem uma vista ampla sobre o Parque de Serralves.

O piso da entrada dá acesso às salas de exposição e à livraria e o piso inferior alberga salas de exposição, a Biblioteca, o Auditório e uma cafetaria.

O acesso a estes espaços é facilitado por um átrio quadrado situado ao lado da receção, complementado por um bengaleiro e balcão de informação.

A disposição fluida dos espaços do Museu proporciona aos visitantes múltiplos itinerários e pontos de vista em consonância com o sempre renovado programa de exposições e atividades com estas relacionadas.


A sucessão de perspetivas longas sobre o interior do edifício e o exterior, sob a forma de "rotas de fuga” para os jardins, caracteriza a arquitetura.

No interior, a iluminação artificial combina-se com a luz natural.

A estrutura do edifício é composta de betão e aço, com revestimento exterior de granito e reboco pintado.

Na cobertura do edifício foram usados materiais de origem local.

No interior, o chão é de carvalho e mármore, as paredes e os tetos, de gesso e estuque pintado.

A altura dos tetos varia entre 2,88 e 9,50 metros (média de 6,20 metros).

Edifício 12.669,80 m2 Salas de exposição 4.484,9 m2
Auditório 600 m2 Biblioteca 352,80 m2
Espaço público 564,80 m2 Loja do Museu 146,9 m2
Restaurante 222,90 m2 Sala Multiusos 103,20 m2
Sala dos Programas Educativos 233,60 m2 Escritórios 537,40 m2
Área de serviços 770,50 m2 Parque de estacionamento 3.309 m2
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1992

1995

1996

1998

2001

2004

2011

2013

Prémio Secil de Arquitectura: 1º Prémio para a construção de auditório e biblioteca infantil da Biblioteca Pública Municipal do Porto

Prémio Internacional da Pedra na Arquitectura para a Casa em Braga, Verona, Itália

Prémio Anual da Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos de Arte

Prémio I Bienal Ibero-Americana com a Pousada de Santa Maria do Bouro

Prémio Pessoa

Recebeu a Medalha de Ouro Heinrich Tessenow, da fundação Heinrich Tessenow Gesellschaft e V. (Alfred Toepfer Stiftung F.V.S.), Hamburgo, Alemanha

Prémio Secil de Arquitectura: 1º Prémio para a construção do Estádio Municipal de Braga

Prémio Pritzker - Prémio Secil de Arquitectura: 1º Prémio para a construção da Casa das Histórias Paula Rego

Prémio Wolf de Artes

Arquitetos

Eduardo Souto Moura

"Como é costume dizer-se, o arquitecto tem que estar atento ao mundo, mas por outro lado, tem que ser um bocado esquizóide. Porque quando tem que desenhar, o mundo é uma folha A4."

souto moura

Carreira

Formado pela Escola Superior de Belas Artes do Porto, Eduardo Souto de Moura iniciou a sua carreira colaborando no atelier de Álvaro Siza Vieira.

Em 1981, recém-formado, surpreendeu a comunidade dos arquitectos vencendo o concurso para o importante projecto do Centro Cultural da Secretaria de Estado da Cultura no Porto (1981-1991).

Este projeto viria a lançá-lo, dentro e fora de Portugal, como um dos mais importantes arquitectos da nova geração.

O seu reconhecimento internacional viria a reforçar-se com a conquista do primeiro lugar no concurso para o projecto de um hotel na zona histórica de Salzburgo, na Áustria, em 1987.

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Linguagem

A partir da Casa em Cascais, realizada em 2002, começou a afastar-se da linguagem miesziana que o definiu numa primeira fase da sua obra, começando a redesenhar a forma de construir e criar arquitectura através da complexidade e dinamismo de formas, mas sempre com o cuidado do desenho espacial habitual.

Exemplo disso é o Estádio Municipal de Braga, onde o imaginário de teatro e o cenário da pedreira, onde a obra foi edificada, nada nos remetem às primeiras obras do arquitecto, mas muito mais a uma segunda etapa que dá, agora, os primeiros passos.Tem nestes anos recentes dado alguns passos no campo do design de produto.

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Prémios

1992 Prémio Secil de Arquitectura: 1º. Prémio para a construção de auditório e biblioteca infantil da Biblioteca Pública Municipal do Porto
1995 Prémio Internacional da Pedra na Arquitectura para a Casa em Braga, Verona, Itália
1996 Prémio Anual da Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos de Arte
1998 1º. Prémio I Bienal Ibero-Americana com a Pousada de Santa Maria do Bouro. Prémio Pessoa/98
2001 Recebeu a Medalha de Ouro Heinrich Tessenow, da fundação Heinrich Tessenow Gesellschaft e V. (Alfred Toepfer Stiftung F.V.S.), Hamburgo, Alemanha
2004 Prémio Secil de Arquitectura: 1º. Prémio para a construção do Estádio Municipal de Braga
2011 Prémio Pritzker1 2011 - Prémio Secil de Arquitectura: 1º. Prémio para a construção da Casa das Histórias Paula Rego
2013 Prêmio Wolf de Artes

FICHA TÉCNICA

Autoria: Arquitecto Eduardo Souto de Moura

Data do Projecto: 2005

Data da Construção: 2008-2009

Área de Construção: 2650m2

Coordenadores do Projecto: António Sérgio Koch e Ricardo Prata

Colaboradores: Bernardo Monteiro, Diogo Guimarães, Junko Imamura, Kirstin Schätzel, Manuel Vasconcelos, Maria Luís Barros, Pedro G. Oliveira, Rita Alves, Sofia Torres Pereira, Susana Monteiro

Obras

Casa das Histórias de Paula Rego

A Casa das Histórias Paula Rego é um projecto do arquitecto Eduardo Souto de Moura.

Retomando, num espírito contemporâneo, alguns aspectos da arquitectura histórica da região, distingue-se de imediato na paisagem por duas estruturas piramidais de igual dimensão e pelo betão pigmentado a vermelho.

Assumindo-se o terreno e as árvores como elementos fundamentais, os volumes que compõem o edifício configuram quatro alas, subdivididas no interior em salas sequenciais, dispostas em torno de um volume central mais elevado, que corresponde à sala de exposições.

O interior, em tons neutros, pavimentado a mármore azulino de Cascais, conta, para além das áreas técnicas e de serviço, com 750 m2 de áreas de exposição, uma loja, uma cafetaria com esplanada aberta para um frondoso jardim e um auditório com 200 lugares.

O projecto, correspondendo à vontade da artista, a quem se deve a escolha do arquitecto, dá resposta às muitas exigências de funcionalidade museológica, sem esquecer o bom acolhimento aos visitantes.

Autoria Arquitecto Eduardo Souto de Moura
Data do Projecto 2005
Data da Construção 2008-2009
Área de Construção 2650m2
Coordenadores do Projecto António Sérgio Koch e Ricardo Prata
Colaboradores Bernardo Monteiro, Diogo Guimarães, Junko Imamura, Kirstin Schätzel, Manuel Vasconcelos, Maria Luís Barros, Pedro G. Oliveira, Rita Alves, Sofia Torres Pereira, Susana Monteiro
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1992

1994

1998

1999

2004

2008

2010

Prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte

Prémio Secil pelo edifício da Escola Superior de Comunicação Social em Lisboa

Prémio Valmor

Grande Prémio do Júri FAD pelo Pavilhão do Conhecimento dos Mares em Lisboa

Prémio Luzboa

Prémio Pessoa

Piranesi Prix de Rome pelo Núcleo Arqueológico do Castelo de São Jorge em Lisboa

Arquitetos

João Luís Carrilho da Graça

"Ao contrário da atividade dos artistas, nós só temos justificação social se resolvermos problemas" - "se a arquitetura é boa, pode mudar a vida das pessoas e da cidade"

carrilho

Licenciou-se em Arquitectura na Escola Superior de Belas-Artes, Lisboa em 1977 e dirige o seu próprio atelier desde aí.

Assistente na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa (1977-1992), leccionou, alternadamente, a cadeira de projecto do primeiro e do último ano curricular.

É Professor convidado no Departamento de Arquitectura da UAL desde 2001 e no Departamento de Arquitectura da Universidade de Évora desde 2005.

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Foi também Professor convidado na Escuela de Arquitectura da Universidade de Navarra entre 2007 e 2010.

Foi professor convidado para seminários e conferências sobre o seu trabalho em diversas universidades, nomeadamente em Barcelona, Sevilha, Lisboa, Roma, Milão, Turim, Verona, Cidade do México, Viena, Aquisgrana (Alemanha) e Porto.

Prémios

1992 Prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte
1994 Prémio Secil pelo edifício da Escola Superior de Comunicação Social em Lisboa
1998 Prémio Valmor
1999 Grande Prémio do Júri FAD pelo Pavilhão do Conhecimento dos Mares em Lisboa
2004 Prémio Luzboa
2008 Prémio Pessoa
1998 Prémio Príncipe de Gales da Universidade Harvard;
2010 Piranesi Prix de Rome pelo Núcleo Arqueológico do Castelo de São Jorge em Lisboa

FICHA TÉCNICA

Autoria: Arquitecto Eduardo Souto de Moura

Data do Projecto: 2005

Data da Construção: 2008-2009

Área de Construção: 2650m2

Coordenadores do Projecto: António Sérgio Koch e Ricardo Prata

Colaboradores: Bernardo Monteiro, Diogo Guimarães, Junko Imamura, Kirstin Schätzel, Manuel Vasconcelos, Maria Luís Barros, Pedro G. Oliveira, Rita Alves, Sofia Torres Pereira, Susana Monteiro

Obras

Mercado Municipal de Santa Maria da Feira

O Mercado Municipal de Santa Maria da Feira (Portugal, Aveiro, Santa Maria da Feira) é uma obra de grande importância para a Arquitectura tradicional portuguesa, classificado como monumento de interesse público.

Localização

Estrutura

Tipologia

Enquadramento

O mercado situa-se no centro histórico de Santa Mª da Feira, enquadrando-se na paisagem envolvente e mantendo relações visuais com o Castelo e com a Igreja e Convento dos Lóis.

O projecto tira partido da morfologia do terreno e integra-se no seu contexto, definindo uma frente de carácter urbano para com a rua.

O mercado é fragmentado em quatro corpos de consistência volumétrica diferente numa plataforma expressiva, lançando desde a rua uma leitura horizontal, evidenciada pelo bloco mais importante do conjunto dos quatro pavilhões, distribuídos em torno de um pátio, conseguindo transmitir um sentido de protecção.

Segundo Fernando Távora, este não é um lugar para trocas comerciais e bens essenciais (coisas) mas, um lugar para integrar ideias, é o lugar onde os homens se reúnem.

As diferentes cotas do terreno, que dinamizam o espaço e permitem usufruir de vistas e de vários percursos, remetem para uma concepção espacial liberta,

tendo em conta os princípios do movimento moderno, direccionando-se mais para uma atitude integradora da envolvente e de uma tipologia tendencialmente tradicional.

A proposta de implantar um mercado num terreno de 50 x 50 metros leva a adoptar uma modulação base, onde toda a composição é organizada e onde simultaneamente se introduz a sua geometria.

Este conjunto de blocos é implantado em dois níveis distintos de acordo com as características do terreno.

Autoria Arquitecto Fernando Távora
Data do Projecto 1953
Data da Construção Concluída em 1959
Localização Rua dos Descobrimentos, Santa Maria da Feira
Cliente Câmara Municipal de Santa Maria da Feira
Colaboradores Alberto Neves, Álvaro Siza, Fernando Lanhas