Nessa época só o fado do marinheiro era conhecido, e era, tal como as cantigas de levantar ferro, das fainas, ou a cantiga do degredado, cantado pelos marinheiros na proa do navio.
E com o fado surgiram os fadistas, com os seus modos característicos de se vestirem, as suas atitudes não convencionais, desafiadoras por vezes, que se viam em frequentes contendas com grupos rivais.
Por entre as ruas de Lisboa, na segunda metado do séc XX, despertava no povo, um novo movimento- O fado vadio, onde se cantavam, improvisadamente os desgostos, saudades e assombros sem qualquer vergonha.
Qualquer um podia participar, desde fidalgos a trabalhadores das hortas, populares e estrangeiros era um convívio entre pessoas que partilhavam uma paixão pelo Fado.
O fado moderno iniciou-se e teve o seu apogeu com Amália Rodrigues. Foi ela quem popularizou fados com letras de grandes poetas, como Luís de Camões, José Régio, Pedro Homem de Mello, Alexandre O’Neill.
Ultrapassando as barreiras da cultura e da língua, com Amália o Fado consagrar-se-ia definitivamente como um ícone da cultura nacional e levou o bom nome do país, através do Fado, aos quatro cantos do mundo.
Os fadistas, que nunca abandonaram o improviso por completo, foram começando a ter interesse em cantar sobre coisas típicas e é nesta altura que o Fado se começa a tornar mais próximo do que hoje conhecemos, genuíno e pitoresco.
A ditadura salazarista e a sua censura colocaram o Fado numa posição não merecedora que só foi restaurada com a implementação do Estado democrático em 1974. A partir dessa altura, o Fado deixa de ser motivo de debate, pois torna-se consensual a sua importância e significado.
Considerado património musical português, começa a notar-se uma crescente tendência de atenção da indústria discográfica a este estilo e o aparecimento de uma nova geração de músicos:, Cuca Roseta, Ana Moura, Carminho, Raquel Tavares, Mariza e António Zambujo juntaram o seu nome aos dos consagrados ainda vivos e estão dando fôlego a esta canção urbana.
Vastas notícias originais, que tocam o nervo e a raiz do pensamento e conhecimento do nosso povo.
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