Arquitetura Contemporânea em Portugal

SURGIMENTO

Não existe uma data específica para o arranque da arquitectura contemporânea em Portugal. Os registos dos primeiros sinais que a identificam apontam para uma época ligeiramente anterior a 1950. No entanto, é sempre referenciado o acontecimento político do 25 de Abril de 1974 como data “oficial” a partir da qual foi impulsionada a corrente. O "Inquérito à Arquitectura Popular em Portugal" marcou a arquitectura contemporânea dos anos 60.

CONTEMPORANEIDADE E INOVAÇÃO

Assiste-se hoje em Portugal a um fenómeno complementar e inovador no âmbito da arquitectura contemporânea portuguesa que contrapõe a conceitos velhos e conservadores de tradições e modos de operar, uma intenção afirmada, ainda com alguma timidez, de inovar o espaço e construí-lo com conceitos, materiais e técnicas que permitam viver em pleno a contemporaneidade.

A sociedade contemporânea ditou progressivamente, através de uma sucessão de acontecimentos caracterizados pela emergência da performance e voluntarismo mediático, uma corrente arquitectónica alimentada pelo modus vivendi alterando a dimensão do habitar e ocupar a arquitectura.

GERAÇÕES DE ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA

A arquitectura contemporânea cruza várias gerações em simultâneo que marcaram e continuam a marcar e subdividir a corrente actual, desde meados do século XX até aos nossos dias.

Jorge Ferreira Chaves, Manuel Taínha, Fernando Távora, Vítor Figueiredo, Álvaro Siza, Gonçalo Byrne, Eduardo Souto Moura e Carrilho da Graça caracterizaram-se pelo exercício da profissão desenvolvido em atelier próprio, atribuindo à arquitectura contemporânea o selo da individualidade. Individualidade arquitectónica que abriu alas a uma maior interacção interdisciplinar.

OUTRAS CATEGORIAS

Entre as grandes categorias do desconstrutivismo, do minimalismo ou da arquitectura magistral e única dos Mestres, cruzam-se, encontram-se, fundem-se, obstruem-se, descobrem-se modos de afrontar a arquitectura contemporânea Portuguesa dificilmente integráveis nalguma categoria.

Mas o caráter e linguagem das obras características da corrente, mais do que evidenciar divisões geracionais, exprimem atitudes diversificadas em função das diferentes tendências que atravessam a cultura arquitectónica contemporânea portuguesa.