Em Janeiro de 1981 fazia-se história: é realizada a 1ª Mostra Internacional de Cinema Fantástico, significando que nascia então o popular Fantasporto, depois sempre organizado em finais de Fevereiro, obedecendo a um calendário internacional de festivais.
Mas o ano de 1981 não fecharia sem a organização de mais ciclos, com destaque para o dedicado ao “Novíssimo Cinema Norte-americano” (Abril) e “François Truffaut” (Outubro), dedicado à figura proeminente da “Nouvelle Vague” e do cinema francês.
O Fantas nasceu à mesa do Café Luso, café de artistas na altura, mesmo na Praça Carlos Alberto e a cinquenta metros do que foi durante muitos anos a catedral do cinema no Porto, o velhinho cinema Carlos Alberto das sessões duplas, já na altura sob a alçada da Secretaria de Estado da Cultura e sob o nome pomposo de Auditório Nacional Carlos Alberto.
Quem estava nessa mesa de café? A Beatriz Pacheco Pereira, o Mário Dorminsky e o pintor José Manuel Pereira. Os dois primeiros queriam mostrar filmes, o último, prematuramente falecido, queria expor os seus quadros. Depois juntou-se à equipa dois anos depois, o António Reis.
O primeiro subsídio que o Fantas recebeu do Estado, vindo do ex-Instituto Português de Cinema foram 15 contos pela aquisição de alguns catálogos da iniciativa.
O nome surgiu diretamente da referência usada nas cartas-ofício. Escrevia-se “Exmo Sr. Fulano de Tal...; Assunto: FantasPorto”. Era foneticamente simples e muito elucidativo. O festival chamava-se então Festival Internacional de Cinema Fantástico do Porto. A propósito, são desconhecidos o dia e hora em que alguém (quem?) se referiu pela primeira vez ao Festival como Fantasporto. O que se sabe é que o nome ficou.
É de realçar o exemplo pioneiro do Fantasporto, no alargamento das suas competições no que foi seguido por todos os festivais congéneres. A importância internacional do Fantasporto foi consolidada também na Federação dos Festivais de Cinema Fantástico, de que foi membro fundador, organismo patrocinado pela União Europeia, e que conta hoje com mais de trinta festivais por todo o mundo, entre membros efectivos e associados.
Trabalhando com os maiores distribuidores portugueses, o Fantasporto recebe em antestreia filmes de alta qualidade de que foi exemplo “No Country for Old Men” do Joel e Ethan Coen, filme de abertura de 2009 e que veio, nessa semana do festival, a ganhar vários Oscares, entre eles o de Melhor Filme.
O Fantasporto recebeu entre outros louvores, a Medalha de Mérito Cultural do Governo Português, a Medalha de Mérito Grau Ouro da Cidade do Porto e a Medalha de Grau Ouro da Cidade de Gaia. O festival foi ainda homenageado em Espanha e na Coreia do Sul.
Categoria não competitiva constituída por um conjunto de clássicos que já participaram no Fantasporto anteriormente.
Categoria competitiva exclusivamente para longas e curtas-metragens de animação
Categoria competitiva exclusivamente para Longas-metragens e curtas-metragens (menos de 15 min), de cariz fantástico
Categoria competitiva para filmes absolutamente inéditos e produzidos por realizadores/produtores portugueses
Categoria competitiva exclusivamente para longas-metragens de produção Asiática
Categoria competitiva exclusivamente para longas-metragens, inéditas em Portugal