Dias úteis
12:30 às 23:00
Preço médio
30€
Vi na cozinha oriental uma oportunidade de retornar ao mercado de trabalho.
Ruy Leão
(Dono/Sushiman do Restaurante)
Um bom chefe vivencia uma sensação de dever cumprido quando observa o cliente satisfeito.
A minha primeira experiência com a cozinha japonesa foi um jantar que ajudei a preparar com um amigo. Desde então que a profissão de sushiman cativou a minha atenção.
Sou formado em engenheira química, porém, vi na cozinha oriental uma oportunidade de retornar ao mercado de trabalho depois de perder o emprego na indústria.
Ao longo de seis meses frequentei um curso dividido em módulos semanais nos quais são abordados, na teoria e na prática, temas como técnicas de corte, montagens de pratos, tratamento do peixe, entre outras. Este curso permitiu-me trabalhar com a realidade e mostrou-me como é o dia a dia de uma cozinha.
Julgo que a minha especialidade seja o Okonomiyaki que é uma espécie de panqueca feita de uma variedade de ingredientes. Okonomi significa “o que você gosta”, e yaki significa “grelhado”. Portanto, o cliente escolhe os ingredientes para compor o seu Okonomiyaki. É por isso um prato que salienta a nossa criatividade.
Um bom chefe vivencia uma sensação de dever cumprido quando observa o cliente satisfeito.
Perfeição.
Gosto especialmente de confecionar o Wagashi, pois possui sabores suaves sem a necessidade de doce em excesso, valorizando o sabor de cada ingrediente. Podemos ainda hoje encontrar o Wagashi feitos à mão, com acabamentos totalmente feitos de maneira artesanal.
A culinária tradicional japonesa, quando levada à regra é muito saudável, incorporando peixe fresco e um arroz de qualidade. Além da inspiração japonesa, introduzo nos meus pratos produtos portugueses.
O chef Ruy Leão abriu o Shico na zona da Batalha, no Porto, e tratou de o apresentar, não como mais um restaurante de sushi mas num conceito mais descontraído e simples. O espaço é pequeno mas de tetos altos, o que o torna acolhedor. A cozinha é aberta, as lâmpadas estão penduradas sem candeeiros e, ao fundo, há um painel na parede com facas de cozinha espetadas. Num dos lados da sala existe um banco com almofadas a ligar as mesas e a incentivar a lógica de partilha e convívio.
A carta é inspirada nas isakayas, que é como se denominam as pequenas e populares casas de comida no Japão. Está dividida entre os petiscos em pequenas porções e alguns pratos de sushi.